“Preso está na cadeia porque não vale nada” afirma senador Hamilton Mourão
- sigmamundi2024
- May 17, 2024
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O comitê do Senado Federal iniciou suas atividades abordando temas polêmicos e instigantes.
Por Rafaela Caldeira e Carolina Rocha
O comitê do Senado da simulação Sigma-Múndi, do Centro Educacional Sigma, realizou sua primeira sessão discutindo uma variedade de temas. Entre eles, destacam-se a regularização dos cigarros eletrônicos, projetos de lei que visavam implementar o trabalho obrigatório e não remunerado de detentos, além de iniciativas para a proteção jurídica das vítimas de crimes e abusos. Os senadores possuem opiniões antagônicas, com alunos de direita e de esquerda, e se empenham ao máximo para defender seus ideais e convencer os demais participantes de suas posições.

Em primeiro debate, a pauta estava relacionada com uma ideia de projeto que tinha como intenção estabelecer um trabalho compulsório e não remunerado com o objetivo de redução de pena para os detentos. Com o decorrer da discussão, a senadora Leila Gomes, popularmente conhecida como Leila do Vôlei, expôs de maneira clara seu ideal ao ser a favor do projeto de lei por ser uma forma de ressocialização dos carcerários, visto que a sociedade carrega preconceitos enraizados em relação a esse grupo. Indo contra esse argumento, o senador Romário afirmou que o trabalho obrigatório e sem remuneração é uma óbvia analogia ao trabalho escravo, algo que foi abolido em 1888. Em momento de exaltação, o senador Hamilton Mourão afirmou que os detentos são pessoas de baixa índole, e por esse motivo estão presos. O assunto continuou de forma frenética, com falas e posicionamentos aplaudidos pelos demais delegados.
Com o fim da primeira pauta, a temática abordada posteriormente foi sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil. A senadora Eliziane Gama tomou frente para dissertar sobre o assunto e afirmou que o público alvo deste produto são adolescentes, visto que a mercadoria possui embalagens coloridas, cheiros e sabores adocicados, chamando atenção do público infanto juvenil. E ao se mostrar a favor de tal projeto, afirmou que uma parte dos valores recebidos na comercialização dos cigarros eletrônicos será revertida em investimento para a saúde pública, além de que se pessoas menores de 21 anos fossem observadas fazendo uso do produto, teriam consequências graves. O Senador Romário entrou no assunto concordando com Eliziane, e disse que “não existe marmanjo fumando vapes com sabores doces, mas sim adolescentes.” No fim, o projeto de lei para a regulamentação foi aprovado.
Seguindo a 1° sessão, o projeto seguinte visava apoiar as vítimas de crimes. Durante a discussão, o senador Jorge Seif manifestou seu apoio, afirmando que "o estado dá suporte aos agressores e não se importa com as vítimas." Ele exemplificou com casos de estupro, onde o agressor é preso, mas as vítimas não recebem nenhuma proteção ou ajuda do estado. O projeto pretende fornecer apoio psicológico e assistência específica para minorias.
Em sua primeira sessão, o comitê do Senado da simulação Sigma-Mundi abordou uma ampla gama de temas de grande relevância e complexidade. As discussões variaram desde a regularização dos cigarros eletrônicos até a implementação do trabalho compulsório e não remunerado para detentos com o objetivo de redução de penas. Além disso, destacou-se a importância de proteger juridicamente as vítimas de crimes e abusos, com um projeto específico voltado ao apoio psicológico e assistência a minorias. A diversidade de opiniões entre os alunos de diferentes espectros políticos enriqueceu o debate, evidenciando o compromisso de todos em defender suas ideias e buscar soluções eficazes para os problemas apresentados.
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