Mais uma crise abala o Tribunal Histórico: promotor é levado pela polícia acusado de assédio sexual

Nesse sábado (18), o tribunal histórico lidou com uma nova crise está tarde, o promotor Augusto Lessa foi acusado de assédio sexual. 

Por Melissa Santiago

Durante um dos julgamentos, a polícia interrompeu os debates e anunciou que Augusto iria ser levado por estar sendo acusado de assédio. “Ele é um predador disfarçado” disse a policial Luíza Siqueira sobre o réu. Entretanto, o autor do crime não estava presente e, sim, em processo de fuga. Ao receber a notícia, a polícia foi em busca do fugitivo. O julgamento continuou mesmo sem a presença do acusado. 

Policiais dando o anúncio das acusações

O julgamento contou com promotores e advogados que debateram sobre o crime cometido e os fatos reais. A defesa do promotor argumentou que foi algo consensual e que não se tinha provas concretas que o pudessem acusar de tal crime. Ainda de acordo com a defesa, a vítima não iria depor porque estava “de luto” pelo o que aconteceu e que os presentes estavam superestimando a situação, já que nem se tinham provas concretas. Um dos advogados de Augusto ainda afirmou que o promotor é homossexual e que os dois estão em um relacionamento. 

Já a promotoria respondeu os argumentos questionando: se nada ocorreu, por que o acusado está foragido e como a vítima está de luto se, novamente, nada ocorreu? Alguns dos delegados afirmaram que conheciam o acusado e que, por conhecer sua índole e caráter, acreditam que ele realmente tenha cometido tal crime. Além disso, um dos delegados questionou a fala do advogado que dizia que eles nunca se separavam e sempre andavam juntos, “Se estava a todo momento com Augusto, por que não está com ele agora? A advogada Cecília Ferreira destacou que o assédio sexual é um ato violento e não, necessariamente, está ligado com a sexualidade da pessoa. E também, a promotora Manuella Cadais abordou o machismo que muitas vezes ocorre em situações como essa, ”Sempre é culpa da mulher! Estou cansada disso”. 

Ao final do julgamento, os juízes tomaram sua decisão. O promotor Augusto seria condenado a 9 meses de prisão e um pagamento de uma multa.